Artigo de Flávia
Cruvinel, superintendente executiva da Secretaria de Políticas para Mulheres e
Promoção da Igualdade Racial de Goiá, e integrante da executiva nacional do
PSDB-Mulher
Em maio próximo,
completam 10 anos de criação da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres,
por lei, sob inspiração e determinação da Professora Doutora Ruth Cardoso, ex
Primeira Dama do Brasil, uma mulher autônoma, intelectual, à frente de seu
tempo.
Tornar oficial a
necessidade da criação de uma Secretaria específica trouxe esperança e
expectativas, pois à mesma cabe, dentre outras atribuições, de forma planejada e
coordenada, elaborar campanhas educativas, que promovam Leis, ações afirmativas
e outras políticas públicas visando construir a igualdade entre mulheres e
homens e de enfrentamento à discriminação, tendo como estrutura básica o
Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.
A primeira titular
da importante Pasta foi a Dra. Solange Jurema, advogada alagoana que em uma de
suas palestras na seccional OAB, quando já não era mais ministra, falando para
Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica no Estado, destacou lutas
de sua história, afirmando que teve “muitas lutas que considerava utópicas”. “Um
exemplo era a democracia no Brasil e hoje temos uma democracia plena. Sei que
isso custou o sofrimento de muita gente, mas hoje conseguimos”. “Antigamente
mulheres feministas eram sinônimo de mulheres mal amadas, mas hoje as mulheres
sentem orgulho em ser feministas, já que muitas lutas estão mostrando
resultados”. Ao destacar a importância das mulheres no poder, ela salientou que
“as mulheres ainda não se deram conta da necessidade de ocupar espaço de poder,
para que possam lutar e negociar pelo gênero”.
Claro, que é um
caminho difícil e ainda de muita discriminação. Existem mulheres exercendo as
mesmas funções que os homens recebendo salários menores, e sendo tratadas pelo
primeiro nome enquanto homens são chamados sempre de doutores.
Sim, é preciso
mais. Precisamos continuar firmes e fortes em nossa luta para ocupar mais espaço
de poder, pois assim teremos melhores condições de alcançarmos êxito.
Sobre o tema, gosto
de ler artigos da primeira mulher goiana a chegar à Câmara Federal na década de
80, e que nos orgulha pela forma brilhante e eficiente como conduziu todos seus
mandatos e conduz até hoje, a senadora Lúcia Vânia (PSDB). Lembro de um que li
ano passado intitulado, “Mais mulheres na política”, sobre tal realidade em que
“a questão não é exclusivamente numérica. Não é apenas um problema de quantidade
ou de proporção, a questão é política, é de representação. Diante da
discriminação, da exclusão que ainda prevalece entre nós, é imprescindível dar
voz à própria mulher, que ainda precisa lutar pelo reconhecimento de seu status
de autonomia”
Segundo a senadora,
“para além da questão da justa proporção, que se torna insignificante na medida
em que homens e mulheres sejam considerados efetivamente iguais, há o problema
do que se costuma chamar, importando para o português um termo originalmente
cunhado em língua inglesa, de “empoderamento”. E esse “empoderamento” das
mulheres é necessário naquele processo de derrubada dos muros que as separam do
espaço público e da plena existência de indivíduos autônomos”.
Nós mulheres,
precisamos nos unir em uma força tarefa nesse processo, conquistando com certeza
“mais espaço de poder”, pois, somos a maior parte do eleitorado brasileiro.
Infelizmente, ainda é muito pequeno o número de mulheres que ocupam cargos
eletivos, justificável na pequena participação da mulher no processo eleitoral
na política brasileira, embora não explicitando preconceito, os partidos
políticos precisam investir mais na formação política das mulheres, garantir a
igualdade na distribuição do fundo partidário, no horário de propaganda e
cumprir, de fato, a Lei que prevê 30% de mulheres candidatas.
Sobre a pequena
participação feminina na política, os dados do Tribunal Regional Eleitoral em
nosso Estado informam que nas eleições municipais de 2012, ano que marcou o
aniversário dos 80 anos do direito de voto feminino no Brasil, das 79 candidatas
que disputaram o pleito, 25 mulheres se elegeram prefeitas. Claro que houve um
avanço, tímido, pois antes eram somente 20 as eleitas. Das 5.494 candidatas a
vereadoras em Goiás, apenas 295 lograram êxito nas urnas.
Pensando nisso, é
imprescindível que as mulheres aumentem sua participação nos partidos políticos,
levem suas experiências, ideias e necessidades das suas comunidades, enfim,
façam parte do processo eleitoral desde o inicio lembrando que as pessoas nas
quais votamos são indicadas primeiramente dentro dos partidos.
Mas “vamos que
vamos”. Estamos a caminho. É longa a caminhada. É justo, necessário, urgente e
inadiável o caminhar.
Encerro com as
palavras do governador Marconi Perillo “Estão reservados, de agora em diante,
novos e irreversíveis avanços. Goiás vive um cenário de mudança e otimismo, do
crescimento, da busca de investimentos e de oportunidades. Este é um governo
parceiro das entidades e instituições sociais. Um governo extremamente sensível
à luta e às causas das mulheres, atento a suas sugestões e bandeiras. As
mulheres estão chamadas a participar, colaborar, opinar e sonhar conosco”.
Secretariado
Nacional do PSDB-Mulher Presidente: Thelma de Oliveira Tel. (61) 3424-0550
Facebook: /psdb-mulhernacional Twitter:
@psdbmulher45 E-mail: psdbmulher@psdb.org.br
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