quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013



Artigo de Flávia Cruvinel, superintendente executiva da Secretaria de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial de Goiá, e integrante da executiva nacional do PSDB-Mulher

George Gianni / PSDB
Em maio próximo, completam 10 anos de criação da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, por lei, sob inspiração e determinação da Professora Doutora Ruth Cardoso, ex Primeira Dama do Brasil, uma mulher autônoma, intelectual, à frente de seu tempo.

Tornar oficial a necessidade da criação de uma Secretaria específica trouxe esperança e expectativas, pois à mesma cabe, dentre outras atribuições, de forma planejada e coordenada, elaborar campanhas educativas, que promovam Leis, ações afirmativas e outras políticas públicas visando construir a igualdade entre mulheres e homens e de enfrentamento à discriminação, tendo como estrutura básica o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.

A primeira titular da importante Pasta foi a Dra. Solange Jurema, advogada alagoana que em uma de suas palestras na seccional OAB, quando já não era mais ministra, falando para Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica no Estado, destacou lutas de sua história, afirmando que teve “muitas lutas que considerava utópicas”. “Um exemplo era a democracia no Brasil e hoje temos uma democracia plena. Sei que isso custou o sofrimento de muita gente, mas hoje conseguimos”. “Antigamente mulheres feministas eram sinônimo de mulheres mal amadas, mas hoje as mulheres sentem orgulho em ser feministas, já que muitas lutas estão mostrando resultados”. Ao destacar a importância das mulheres no poder, ela salientou que “as mulheres ainda não se deram conta da necessidade de ocupar espaço de poder, para que possam lutar e negociar pelo gênero”.

Claro, que é um caminho difícil e ainda de muita discriminação. Existem mulheres exercendo as mesmas funções que os homens recebendo salários menores, e sendo tratadas pelo primeiro nome enquanto homens são chamados sempre de doutores.

Sim, é preciso mais. Precisamos continuar firmes e fortes em nossa luta para ocupar mais espaço de poder, pois assim teremos melhores condições de alcançarmos êxito.

Sobre o tema, gosto de ler artigos da primeira mulher goiana a chegar à Câmara Federal na década de 80, e que nos orgulha pela forma brilhante e eficiente como conduziu todos seus mandatos e conduz até hoje, a senadora Lúcia Vânia (PSDB). Lembro de um que li ano passado intitulado, “Mais mulheres na política”, sobre tal realidade em que “a questão não é exclusivamente numérica. Não é apenas um problema de quantidade ou de proporção, a questão é política, é de representação. Diante da discriminação, da exclusão que ainda prevalece entre nós, é imprescindível dar voz à própria mulher, que ainda precisa lutar pelo reconhecimento de seu status de autonomia”

Segundo a senadora, “para além da questão da justa proporção, que se torna insignificante na medida em que homens e mulheres sejam considerados efetivamente iguais, há o problema do que se costuma chamar, importando para o português um termo originalmente cunhado em língua inglesa, de “empoderamento”. E esse “empoderamento” das mulheres é necessário naquele processo de derrubada dos muros que as separam do espaço público e da plena existência de indivíduos autônomos”.

Nós mulheres, precisamos nos unir em uma força tarefa nesse processo, conquistando com certeza “mais espaço de poder”, pois, somos a maior parte do eleitorado brasileiro. Infelizmente, ainda é muito pequeno o número de mulheres que ocupam cargos eletivos, justificável na pequena participação da mulher no processo eleitoral na política brasileira, embora não explicitando preconceito, os partidos políticos precisam investir mais na formação política das mulheres, garantir a igualdade na distribuição do fundo partidário, no horário de propaganda e cumprir, de fato, a Lei que prevê 30% de mulheres candidatas.

Sobre a pequena participação feminina na política, os dados do Tribunal Regional Eleitoral em nosso Estado informam que nas eleições municipais de 2012, ano que marcou o aniversário dos 80 anos do direito de voto feminino no Brasil, das 79 candidatas que disputaram o pleito, 25 mulheres se elegeram prefeitas. Claro que houve um avanço, tímido, pois antes eram somente 20 as eleitas. Das 5.494 candidatas a vereadoras em Goiás, apenas 295 lograram êxito nas urnas.

Pensando nisso, é imprescindível que as mulheres aumentem sua participação nos partidos políticos, levem suas experiências, ideias e necessidades das suas comunidades, enfim, façam parte do processo eleitoral desde o inicio lembrando que as pessoas nas quais votamos são indicadas primeiramente dentro dos partidos.

Mas “vamos que vamos”. Estamos a caminho. É longa a caminhada. É justo, necessário, urgente e inadiável o caminhar.

Encerro com as palavras do governador Marconi Perillo “Estão reservados, de agora em diante, novos e irreversíveis avanços. Goiás vive um cenário de mudança e otimismo, do crescimento, da busca de investimentos e de oportunidades. Este é um governo parceiro das entidades e instituições sociais. Um governo extremamente sensível à luta e às causas das mulheres, atento a suas sugestões e bandeiras. As mulheres estão chamadas a participar, colaborar, opinar e sonhar conosco”.

 Secretariado Nacional do PSDB-Mulher   Presidente: Thelma de Oliveira  Tel. (61) 3424-0550
Facebook: /psdb-mulhernacional    Twitter: @psdbmulher45     E-mail: psdbmulher@psdb.org.br

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